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terça-feira, 1 de setembro de 2015

O que eu faria diferente

Quando nos tornamos mães, são poucas as chances que temos de parar e pensar antes de agir. Se você for uma pessoa impulsiva como eu, então, pior ainda. E aí, muitas vezes depois de agir é que vem o estalo de que daria para fazer algo diferente. Alguns chamam de arrependimento, outros de esclarecimento.

Olhando para trás, revendo posts antigos e lembrando deste quase 1 ano e meio que passou desde o nascimento da Oli, me dei conta que se pudesse, faria algumas coisas diferentes. E essa listinha parte de uma processo de avaliação interno meu. E acho super válido dividir com vocês.

Aqui vai:

- Eu ousaria mais. Sim, porque a chegada da Oli, que nunca foi um bebê fácil, me fez retrair. Eu diminuí o ritmo e nos fechei numa rotina que era confortável para mim.

- Eu sairia mais. Por conta da alergia alimentar da Oli eu evitava sair com ela com medo que ela pudesse ter reações. E isso tornou a maternidade em algo um pouco pesado e muito solitário para mim no primeiro ano.


- Eu dividiria mais. Nos primeiros meses da Oli eu a puxei muito para mim. Evitava pedir ajuda, não delegava nada que fosse dela, não gostava de outras pessoas a pegando no colo (com isso eu aprendi a fazer muuuuuitas coisas com uma mão só) entre outras coisas. No final das contas eu ficava super cansada, sendo que tinha um monte de gente mega disposta a aliviar meu lado. OU seja, não precisava ser assim.

- Eu confiaria mais nos meus instintos. Minha sogra uma vez disse algo como “a ignorância pode ser uma benção”. E ela tem razão. Hoje em dia com tanto acesso a informação, a gente acaba anulando a nossa intuição para confiar no que está nos livros ou sites por aí.

- Eu me divertiria mais. Hoje eu realmente me divirto com a Oli. Sim, tem dias que são o caos. Porém, no geral é como ter ao lado uma amiguinha que está louca para aprender e se divertir 100% do tempo. E no começo, eu vivia preocupada e fazer as coisas acontecerem e registrar estes momentos em vez de simplesmente vive-los.


- Eu me desconectaria mais. Rá, mãe blogueira dizer que se desconectaria mais é piada. Porém, é verdade. A maior parte do tempo estou com o celular na mão para acompanhar o que acontece nas minhas plataformas, ou para conseguir captar o momento perfeito e esqueço que tem alguém do meu lado que tudo que quer é vivenciar este momento comigo.

- Eu cuidaria mais de mim. As vezes a gente acha que se entregar totalmente à maternidade é abrir mão de coisas que a gente gosta de fazer. Pois não é. A gente até cede aqui e ali, mas se anular, não faz parte do pacote. E eu me descuidei mesmo. E agora estou correndo atrás do prejuízo.


- Eu tentaria me controlar mais. Comecei dizendo que ousaria mais e estou aqui dizendo que me controlaria mais. A questão é que como eu vivia cansada e como os nervos à flor da pele, não foram poucas as vezes que fui indelicada com pessoas queridas. E são coisas que não tem como voltar atrás mesmo.

Em termos práticos, e mais materiais, também queria fazer um monte de coisa diferente, mas isso é assunto para outro post.


E vocês, o que fariam de diferente?

Um comentário:

  1. Nossa! Me identifiquei muito com suas palavras. Tenho tentado ser o que era para meu filho gostar da mãe que ele tem e não das mãezinhas perfeitinha e fofas que plantam por aí. Percebo que quando sou eu mesma ele gosta mais! Detesto fórmulas de ser uma boa mãe. Sou ousada, desencanada e molecona.

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